Esse tema da chamada universal a santidade sempre existiu no cristianismo, assim como a sua relação com a vida cotidiana, mas o livro de Burkhart explica na p. 79 que no final do século XIX esse tema foi discutido na "questão mística", em torno da chamada universal a contemplação, e que isso abriu também o assunto da chamada universal a santidade, incluindo leigos. Lá também diz que quem promoveu essa discussão foi Auguste Saudreau, o jesuíta Augustin-François Poulain, os dominicanos Juan Gonzáles Arintero e Réginald Garrigou-Lagrange, e o jesuíta Joseph de Guibert.

O Boletim informativo da causa de canonização do P. Juan Gonzáles Arintero, ano II n. 6, explica que Arintero leu sobre a chamada universal a santidade num livro do sociólogo Henri Joly. Esse livro chama-se Psicologia dos Santos. Henri Joly escreveu esse livro depois de ter estudado a psicologia animal, a psicologia dos grandes homens, e a psicologia dos criminosos. Esse boletim pode ser encontrado aqui, e o livro de Henri Joly em francês aqui e em inglês aqui.

Que Escrivá tenha tido um papel nessas questões dentro do contexto do século XX e no concílio, é claro que ele teve. Basta lembrar que Portillo foi secretário de uma comissão conciliar. Mas para entender melhor qual foi esse papel, se foi de visionário, ou de político, ou de promoção, ou outros, também é claro que as expressões que o numerário maior usa apenas confundem, e demonstram pouco conhecimento, como por exemplo dizer que Escrivá guiou o concílio.

Xuxu