O prelado não precisa necessariamente ser bispo.- nempedronempaulo
Fecha Wednesday, 18 January 2017
Tema 125. Iglesia y Opus Dei


Haenobarbo,

Você tem parcial razão, na medida em que não fui claro e específico o bastante. Talvez a diferença de idioma possa ter contribuído para a confusão.

Não quero causar polêmica; o único intento é explicar o que pretendi dizer. Em todo caso, está lançada a discussão. Estou aberto a correções e agradeço a você por tê-lo feito.

Na minha mensagem anterior, quis ressaltar que o prelado não precisa necessariamente ser bispo, ao contrário do que a opus dei quer fazer crer. 

Surge a primeira questão: o Papa está "obrigado" a nomear bispo ao eleito como prelado da opus dei , depois de confirmá-lo no cargo??

Se o novo prelado - a ser eleito, no próximo dia 23 de janeiro - não for nomeado bispo pelo Papa Francisco, me parece que isso não o tornará menos prelado do que prevêem os estatutos da obra, o Código Canônico e a demais normativa aplicável.

Do ponto de vista da obra, claramente é conveniente que o prelado seja, também, bispo. Mas isso não é "necessariamente" necessário, com o perdão da redundância. Não é por ser prelado  que ele deve, necessária e obrigatoriamente, ser nomeado bispo.

Nos Estatutos do Opus Dei, em cujo texto se encontram mais especificamente as competências do Prelado do Opus Dei, não há nenhuma que requeira, por si só, o exercício da ordem episcopal.

Advirto não ser versado nessas questões jurídicas e canônicas. Por suposto, aceito correções.

No entanto, me parece que a competência para ordenar sacerdotes é do bispo e não do prelado. Ao prelado, dentro da sua competência, cabe admitir os candidatos ao sacerdócio e outorgar as respectivas dimissórias. 

Se, por acaso, o prelado também for bispo, poderá ele mesmo ordenar os sacerdotes da prelatura.

Se admitirmos que algumas competências do prelado requerem o exercício da ordem episcopal, isso quer dizer que o prelado teria, necessária e obrigatoriamente, de receber a ordenação episcopal.

Pergunta-se: se, porventura, o prelado eleito não for nomeado bispo, seria um prelado inapto a dar cumprimento a todas suas competências?

Penso não haver prejuízo às competências próprias e originárias do prelado, se eventualmente ele não for consagrado bispo. Obviamente, terá um pequeno inconveniente: pedir a um bispo que ordene os sacerdotes da prelatura. Mas isso não o faz menos prelado quanto a suas atribuições e competências originárias nem o faz prelado capitis diminutio. O prelado pode ser bispo; não quer dizer que o prelado precisa ser bispo.

Tudo somado, no meu entender, apesar de conveniente e útil que o prelado seja bispo, não é cogente que o seja. 

A obra, por outro lado, coloca empenho em confundir-nos, para aceitarmos como  necessária obrigatória a consagração episcopal do prelado. Iam nessa toada os termos da nota de nomeação do vigário auxiliar de que se tratou na mensagem anterior .   Não é por outra razão que os membros da opus dei, vez ou outra, utilizam a equivocada expressão "Bispo Prelado do Opus Dei" ou o "Bispo do Opus Dei". 

No entanto, sabemos que Javier Echevarria foi Bispo Titular de Cilibia Prelado do Opus Dei.

Não falo nada de novo. Essa questão já foi tratada em opuslibros. Outros  já se ocuparam do tema, escrevendo de forma melhor, com maior autoridade e fundamento.

Abraço,

nempedronempaulo









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