OPUS DEI, ANÁLISE E DEPOIMENTOS

David Fernandes, 2007

 

Opus Dei, Análise e Depoimentos

O autor:

 

David Fernandes é engenheiro em eletrônica, formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo em 1977, mestre em Engenharia Eletrônica e doutor em Ciências pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Desde 1982 é professor da Divisão de Engenharia Eletrônica do ITA, onde trabalha em regime de tempo integral e dedicação exclusiva. Atua em ensino e pesquisa na área de Telecomunicações com ênfase em Processamento de Sinais de Radar e Processamento de Imagens de Radar de Abertura Sintética. Nesta última área realizou o seu pós-doutoramento no Centro Alemão de Pesquisa Aeroespacial (DLR). É casado e pai de dois filhos. Foi membro numerário do Opus Dei durante 15 anos, de 1973 a 1988.

 

Dedicatória

 

A todos os peixes que foram perseguidos, feridos e fisgados pelo arpão da divina pesca submarina do Opus Dei; a todos aqueles que, pela santa coação, pela santa intransigência e pela santa desvergonha, foram compelidos a entrar no Opus Dei, orientados por pessoas que pensavam fazer um obséquio a Deus; aos que entraram ainda crianças sem o conhecimento dos seus pais; aos que entraram ainda crianças com a conivência dos próprios pais; aos que são mantidos infelizes nos centros do Opus Dei; aos que saíram e foram esquecidos, abandonados e desprezados; aos que saíram e foram caluniados; aos que queriam ficar e foram expulsos por estarem doentes; aos que queriam ficar e foram expulsos sem saberem o motivo e a falta cometida; aos que perderam o juízo e foram devolvidos às suas famílias; aos que o desespero levou à tentativa do suicídio; aos que, no seu desespero, se suicidaram; aos que sofreram nas mãos dos obedientes e aos que perderam a fé devido à intransigência e à dureza do coração daqueles que os deveriam ter cuidado e amado.

A todos aqueles, enfim, cujos depoimentos estão citados neste livro.

 

 

 

 

Índice

 

1. Apresentação ..................................................................

2. Elementos da estrutura do Opus Dei ..............................

3. A Obra e a sua paradoxal complexidade ........................

4. Minha passagem pela Obra ............................................

5. Jamais tinha contado isso a alguém .............................

6. Reflexões sobre o modus operandi do Opus Dei .........

7. Famílias do Opus Dei ...................................................

8. Dores no caminho e marcas do passado ......................

9. Nuances de estilo na Obra ............................................

10. Considerações que ferem ...........................................

11. Removendo obstáculos e fazendo descartes ..............

12. Querida Obra ..............................................................

Notas ................................................................................

 


 

1 Apresentação

 

 

Este ensaio tem como objetivo evidenciar aspectos controversos na práxis da Prelazia do Opus Dei, Obra de Deus ou Obra, como também é chamada. Esses aspectos, por sua relevância, devem ser objeto de reconsideração por parte dos membros dessa Prelazia e devem ser objeto de observação, reflexão e em alguns casos de investigação, tanto por parte da Igreja Católica como por parte da sociedade. Não se trata de uma crítica à Igreja Católica, à qual o autor pertence e respeita, trata-se de um alerta e de uma crítica a práticas usuais, polêmicas e dissimuladas de uma organização inserida na hierarquia católica. Tais práticas afetam não só a instituição Opus Dei, mas vidas concretas de pessoas e de famílias e, como conseqüência, acabam afetando a própria Igreja e a sociedade. Portanto, este ensaio tem por meta promover uma reflexão crítica sobre fatos que configuram o modus operandi do Opus Dei, fatos estes que podem e devem ser revistos.

 

Não serão analisadas as práticas religiosas e de espiritualidade difundidas pelo Opus Dei, que são, em última instância, patrimônio da Igreja Católica e de toda a cristandade.

Práticas que levam à oração, à reflexão interior, ao aprofundamento na fé, à cultura religiosa, ao diálogo com Deus, à procura da santidade no meio do mundo, à prática das virtudes, à procura e freqüência dos sacramentos, etc. Faz-se uma crítica ao modus operandi característico do Opus Dei, aos meios que ele utiliza para alcançar suas finalidades e à sua agressiva e desumana forma de fazer proselitismo, principalmente em relação aos membros que vivem o celibato apostólico: os numerários(as) e adscritos(as).

 

A Obra tem defensores, dentre os quais autoridades eclesiásticas, autoridades civis e até ex-membros. Curiosamente, muitos ex-membros que defendem a Obra não se referem às suas peculiaridades institucionais, mas defendem justamente as suas práticas espirituais, que pertencem ao catolicismo ou ao cristianismo de modo geral. Por outro lado, há também muitos críticos, eclesiásticos, intelectuais, cristãos correntes e muitos, muitos ex-membros que denunciam práticas desumanas e de honestidade duvidosa.

 

Haverá então dois Opus Dei, um bom e outro mau? Todos os que criticam duramente o Opus Dei são mentirosos, ou ressentidos, ou movidos pelo ódio, ou anticatólicos, ou aliados das “forças do mal”? O Opus Dei faz somente o bem para a Igreja e para a sociedade? Os erros do Opus Dei são devidos a simples falhas pessoais de seus dirigentes e membros ou são erros estruturais? Seus métodos de atuação são sempre eticamente bons? O Opus Dei ostenta uma fachada diferente do que realmente é? Pode ser considerada uma seita dissimulada e enraizada na estrutura da Igreja Católica? Os seus membros agem coletivamente e inconscientemente em conformidade com um esquema de formatação de consciências, semelhante a uma lavagem cerebral, à qual são continuamente submetidos dentro da instituição? O Opus Dei respeita de fato a liberdade de consciência dos seus membros? O Opus Dei pode ser tido como um exemplo de amor a liberdade e de caridade cristã? É realmente uma obra de Deus? Essas e outras perguntas levaram o autor a escrever este ensaio.

 

Dirigindo-se ao Opus Dei, e parafraseando o que escreveu o seu Fundador no prólogo do seu livro Caminho, poderíamos escrever: Lê devagar estas críticas. Medita pausadamente estas considerações. São coisas que te digo ao ouvido, em confidência de amigo, de irmão, de pai. E estas confidências as escutam Deus. Não te contarei nada de novo. Vou revolver as tuas recordações, para que aflore algum pensamento que te fira. E assim melhores a tua práxis, peças perdão dos teus erros, te corrijas, e entres por caminhos de tolerância e de amor. E acabes por servir com dignidade a Igreja e a humanidade sem o desejo de dominá-las.

 

Dizia o Papa Bento XVI na Vigília das Jornadas Mundiais da Juventude em Marienfeld, na Alemanha, no dia 20 de agosto de 00 : Pode-se criticar muito à Igreja. Sabemos, e o Senhor mesmo nos disse: é uma rede com peixes bons e maus, um campo com trigo e joio. Portanto, não é absurdo supor que dentro da própria Igreja surjam distorções que mais cedo ou mais tarde podem se tornar objeto de escândalo, confusão, pedra de tropeço para muitos. O Opus Dei, e nenhuma outra organização, encontra-se, por nenhum tipo de constituição, quer humana quer divina, livre de ser protagonista destas distorções para as quais o tempo e a história se encarregarão de dar um julgamento cabal.

 

Sua missão [do Opus Dei] consiste em difundir a mensagem de que o trabalho e as circunstâncias do dia-a-dia são ocasião de encontro com Deus, de serviço aos outros e de melhora da sociedade. O Opus Dei colabora com as igrejas locais, oferecendo meios de formação cristã (palestras, retiros, atenção sacerdotal), dirigidos a pessoas que desejam renovar sua vida espiritual e seu apostolado. Quanto a essa nobre finalidade, se for verdadeira, não deveriam proceder  críticas. Mas é preciso que essa nobre finalidade seja alcançada com meios que também sejam nobres e bons em si. Admitir nos seus quadros, por exemplo, crianças a partir de anos e meio como membros celibatários e ainda mais sem o conhecimento e consentimento pleno dos seus pais ou responsáveis é algo deplorável e condenável. Mais condenável ainda é camuflar, perante a Igreja e a sociedade, essa incorporação com apanágios jurídicos que induzem a uma interpretação falsa e errônea da práxis utilizada. Coagir em nome de Deus as pessoas, maiores ou menores de idade, para que se associem à Prelazia e nela perseverem como membros celibatários também é uma prática desumana e desonesta. Mais condenável e cruel ainda é tolher a liberdade dessas pessoas e camuflar esse procedimento com palavras de louvor, respeito e amor à liberdade. Discutível é também a prática apostólica de selecionar pessoas que interessam à instituição e descartar as outras, ainda mais quando a seleção prioriza atributos culturais, estéticos e econômicos. A afirmação de que colaboram com a Igreja local oferecendo meios de formação cristã é uma meia verdade, pois oferecem esses meios de formação cristã (palestra, retiros, atenção sacerdotal) para uma pequena elite selecionada segundo os critérios e interesses “apostólicos” do Opus Dei. Essa ajuda à Igreja local não é para qualquer um dos membros dessa mesma igreja. Ainda mais que essas atividades conduzidas pelo Opus Dei são eminentemente proselitistas (visam selecionar mais membros e admitir colaboradores que dêem ajuda financeira ou que com sua influência os ajudem a penetrar em ambientes seletos).

 

São muitos os membros celibatários do Opus Dei que o deixam. Estima-se que de cada cinco numerários quatro saem. Há os que saem voluntariamente, depois de muito con-

flito interior e sofrimento; há os que são expulsos sem direito a defesa e até mesmo sem saber o real motivo da expulsão; e há os que são devolvidos para as suas famílias por motivos de doenças, depressões profundas ou distúrbios mentais, muitas dessas doenças, de cunho psíquico, causadas por conflitos existenciais provocados pela própria Obra. A maioria deixa a Obra em situação vexatória e em completo abandono material e espiritual. Por esse motivo não comentam com ninguém a sua saída da instituição e muito menos se atrevem a criticar essa Prelazia. A quem poderiam se queixar? Quem daria crédito a eles? São vítimas isoladas pelas circunstâncias e vítimas pequenas de um agressor grande, forte e poderoso. Entretanto, toda vítima indefesa, por menor que seja, traz dentro de si o potencial de reação que a oportunidade e o tempo podem fazer com que se manifeste.

 

Este é o caso das recentes críticas à Prelazia do Opus Dei, que serão cada vez mais freqüentes e intensas. Que a Igreja e a sociedade não se deixem enganar pelas práticas pseudodivinas e pseudo-honestas da Obra, pois a injustiça não combatida e que permanece por vários anos ou por várias gerações pode gerar graves distorções de comportamento e conseqüências funestas para a Igreja e para o bem-estar social.

 

Defender a Prelazia com o argumento de que foi aprovada pela Igreja ou que o seu Fundador foi canonizado, fechando-se os olhos para as denúncias a respeito do mal que a Obra faz ou o que está mal em sua práxis, ou relativizando e minimizando seus erros institucionais, ou atribuindo-os a simples falhas humanas ou a causas acidentais — tudo isso constitui uma atitude injusta, fria e desprovida de sentimentos humanitários. Trata-se de uma atitude cega e irresponsável que mais cedo ou mais tarde pode acarretar um grande dano à Igreja e à sociedade.

 

As considerações que serão feitas aqui estão baseadas na experiência pessoal do autor, que viveu 15 anos como membro numerário da Prelazia do Opus Dei, na reflexão dos fatos vividos e no testemunho de muitos outros ex-membros da Obra, que atestam a experiência pessoal e particular do autor por serem semelhantes às suas. Os relatos de muitas outras experiências semelhantes podem ser encontrados em outros livros. O principal deles, no Brasil, foi lançado em 2005 com o título Opus Dei: os bastidores. Além deste livro, vale a pena citar os sites críticos ao Opus Dei. Entre eles destacam-se: opuslivre (Brasil), opuslibros (Espanha), ODAN (EUA), opuslibre (França), exopusdecostarica (Costa Rica) e sinfoniaopuszero (Portugal).

 

O título deste livro é baseado no ponto 8 de Caminho, escrito pelo Fundador do Opus Dei. Diz este ponto: O plano de santidade que o Senhor nos pede é determinado por estes três pontos: a santa intransigência, a santa coação e a santa desvergonha. Palavras dúbias, uma moeda com duas faces. Santa Intransigência será intransigência com o erro, com o pecado, com a maldade, com a desonestidade, com os maus instintos, ou será intransigência com os que discordam, com os que não querem se entregar, com os que não querem se submeter? Santa Coação para que se faça o bem, para que se faça o “certo”, para que se faça o “melhor”, ou será coação proselitista, coação para que se faça o que o Opus Dei quer que se faça? Coação para seguir a Deus segundo o estilo da Obra, ou coação para entrar e permanecer no Opus Dei? Santa Desvergonha, para que se difunda, com respeito à liberdade do próximo, à doutrina cristã, para que se vá contra a corrente e se siga a consciência, para que se “dê a cara” pelo que é bom e justo, ou desvergonha para atuar de modo que os meios sejam justificados pelos fins, para mentir por uma boa causa, camuflar os fins nos meios, “culturizar” o que já é culto ou “cristianizar” o que já é cristão? Desvergonha para aparentar algo que não se é, desvergonha para se conseguir vantagens, poder e influência?

 

Santa coação, santa intransigência e santa desvergonha, palavras dúbias como são dúbias muitas das práxis do Opus Dei. Como pode ser divina, ou cristã, a afirmação de que o plano de santidade que o Senhor nos pede está baseada na santa coação, na santa intransigência e na santa desvergonha? Que fundamento bíblico ou evangélico tem esta afirmação grotesca? Que pobre e desvirtuado plano de santidade é este!?

 

Organização do Livro

Este livro contém capítulos com reflexões críticas sobre a práxis do Opus Dei, acompanhados de muitos depoimentos e capítulos que reproduzem integralmente o testemunho de pessoas que, com as suas vidas, sentiram de diversos modos a faceta tenebrosa e desumana do que é chamado “Espírito da Obra”, ou do plano de santidade proposto pelo Fundador da Obra, expresso no ponto 387 de Caminho. Todos os depoimentos e testemunhos que constam deste livro condizem e apresentam coerência com o que o autor observou e vivenciou na Obra na condição de membro numerário. Muitíssimos outros testemunhos, senão a totalidade dos apresentados nos sites opuslibros, opuslivre e ODAN, também poderiam fazer parte deste ensaio.

 

No capítulo 2 são apresentados e comentados alguns dos elementos básicos e alguns dos jargões usuais referentes à estrutura e organização do Opus Dei.

 

No capítulo 3 mostra-se como a Obra se vê: divina e com membros com vocação divina. Utilizam-se muitas citações da coleção de livros internos da Obra chamada Meditações; o acesso à maioria dessas citações foi possível graças ao trabalho intitulado La conciencia y la Obra, de E. B. E., de outubro de 2005, disponível na seção Tus Escritos do site opuslibros. Enfatiza-se também o que internamente é chamado “Espírito da Obra”, destacando-se algumas contradições e a situação e a atitude de ex-membros.

 

No capítulo 4 está o testemunho pessoal do autor, em que se conta o seu ingresso no Opus Dei e a sua saída após 15 anos. Este testemunho, como os outros apresentados, tem como objetivo fazer com que os leitores percebam o que é o tal de “Espírito da Obra”, tendo em vista fatos concretos que, longe de serem exceções, são a regra.

 

No capítulo 5 apresenta-se o depoimento de uma exnumerária que ingressou na Obra com 15 anos de idade. Nesse testemunho, além de muitos outros aspectos importantes, pode-se perceber como os jovens são manipulados e qual é o critério desumano, nada sobrenatural ou cristão, de seleção de quem deve freqüentar os centros de numerários(as), chamados centros de São Rafael.

 

No capítulo 6 faz-se uma reflexão sobre o modus operandi do Opus Dei. Nessa análise, fica patente a promiscuidade entre meios e fins. Critica-se a técnica de dissimulação que dá a entender que os meios utilizados são os fins que se procuram. Essa dissimulação é realmente criativa e eficiente, pois apresentando-se os meios como fins, no caso da Obra, é difícil admitir que a sua práxis é desumana e em alguns casos desonesta. Uma situação paralela seria uma ONG estrangeira atuar na Amazônia com o objetivo oculto de fazer um inventário biológico e mineral da região para futura atividade comercial, mas que se utilizasse do expediente da promoção social, dissimulando suas verdadeiras finalidades. Essa ONG imaginária promoveria escolas, ajuda assistencial, levaria médicos para atender a população carente, enfim, faria tudo o que há de bom e honesto. Se alguém criticar ou denunciar tal ONG, os incautos, que honestamente se beneficiam dos seus meios de promoção social, não vão acreditar nas denúncias, que serão qualificadas como calúnias. Os beneficiados da ONG irão defendê-la com unhas e dentes. Ainda nesse capítulo faz-se um exercício de imaginação, em que a Obra surge com milhões de membros e a ortodoxia, a seu modo, é implantada na terra.

 

No capítulo 7 está o depoimento de uma moça que não foi do Opus Dei, mas teve a experiência do contato com pessoas que receberam a “boa doutrina da Obra”. Seria um caso isolado, um acidente de percurso? Não, definitivamente não. Quem conheceu o Opus Dei por dentro pode atestar que o testemunho dela é absolutamente coerente com o que pode emanar do “Espírito da Obra”.

 

No capítulo 8 encontram-se os depoimentos de um ex-numerário e de uma ex-numerária. Ele ingressou na Obra com anos e meio. Nos depoimentos transparecem as marcas nefastas que o modus operandi do Opus Dei deixa nas vidas das pessoas.

 

No capítulo 9 analisam-se alguns aspectos referentes ao Opus Dei. Reflete-se sobre o título “Opus Dei” (Obra de Deus) e sobre o conceito de amizade no Opus Dei. Faz-se amigos para se fazer proselitismo. Se o amigo torna-se membro da Prelazia, a amizade é sublimada pelo fim corporativo; se o amigo não interessa à Obra, ou porque não será membro ou porque não irá colaborar com trabalho ou dinheiro, ele é simplesmente “deixado em paz”, é descartado. Discute-se também neste capítulo sobre o que seria o mal menor para um numerário(a) ou adscrito(a) em crise. Um numerário(a) ou adscrito(a), ao querer deixar a Obra, fica entre o dilema de sair e trair a Deus ou ficar e ser infeliz.

 

No capítulo 10 há comentários sobre certas máximas do Opus Dei que causam perplexidade, que ferem. Analisamse, entre outros assuntos, as atitudes do seu Fundador sob a luz do que ele escreveu no ponto 667 de Caminho: “Ouro, prata, jóias..., terra, montões de esterco. - Gozos, prazeres sensuais, satisfação dos apetites ..., como uma besta, como um mulo, como um porco, como um galo, como um touro. Honras, distinções, títulos..., balões de ar, inchaços de soberba, mentiras, nada.”

 

O capítulo 11 mostra algumas formas do Opus Dei remover obstáculos e inconvenientes aos seus propósitos. Entre outros casos, um jesuíta suíço é obrigado a ficar por mais de 20 anos em silêncio, uma ex-numerária espanhola que ousou escrever um livro criticando a Obra é caluniada, uma outra ex-numerária que ocupou cargos de alta direção, inclusive trabalhou com o Fundador, é mantida confinada em Roma, privada de documentos e ameaçada de calúnia. São apresentados também alguns exemplos do conceito “se encaixar no ambiente do centro”.

 

Finalmente, no capítulo 12 é apresentada uma carta de um ex-numerário para a Obra. A carta critica o modus operandi, desumano, da Obra e a sua fachada. Os pontos tratados são um convite à reflexão e, deste modo, finalizam este ensaio a respeito daquela que se auto-intitula “Obra de Deus”.

 

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